Novo projeto do Google X quer mapear corpo humano sadio por inteiro

CanalTech

O laboratório de pesquisas do Google, o Google X, responsável pelos projetos mais ambiciosos da empresa, como o carro sem motorista e o Projeto Loon, está trabalhando em mais uma ideia mirabolante. Desta vez, a empresa quer coletar informações genéticas e moleculares para criar o exemplo de como um ser humano saudável deve ser.

Batizado de Baseline Study, a pesquisa começará coletando dados de 175 pessoas e é liderada por Andrew Conrad, um biólogo molecular responsável pela criação de um teste de AIDS de plasma barato e de grande volume de produção.

Entre os dados coletados, então amostras de urina, sangue, lágrimas e diferentes tecidos do corpo. As informações também incluíram um mapeamento completo do genoma dos voluntários, assim como o histórico genético de seus pais.



Em uma reportagem publicada na quinta-feira (24), o Wall Street Journal afima que Conrad se juntou ao time do Google X em março do ano passado e, desde então, começou a juntar uma equipe de cerca de 70 especialistas de diferentes áreas do conhecimento.

No futuro, o projeto vai coletar dados de milhares de pessoas para gerar informações que permitam detectar em estágio inicial as principais doenças responsáveis por mortes atualmente, como problemas cardíacos e câncer. O objetivo é ajudar a medicina a avançar na direção da prevenção desses males no futuro, ao invés de concentrar no tratamento.

Com o poder computacional da empresa, o Google coletará os dados para encontrar padrões ou "marcadores biológicos" para identificar doenças. Essas informações deverão ser acessadas por pesquisadores médicos. O Google X também está desenvolvendo diferentes dispositivos "usáveis" para medição e coleta de dados como batimento cardíaco e níveis de glicose e oxigenação do sangue, que serão usados pelos voluntários.

As informações das pessoas que participarem do Baseline serão anônimas, segundo o Google, e não será repassada para empresas de planos de saúde. A pesquisa também será monitorada por profissionais da universidade de Duke e de Stanford, que controlarão como a informação estará sendo usada.

Mas a transformação de informações sobre a saúde do indivíduo em dados quantitativos e qualitativos já preocupa algumas pessoas, que acreditam que no futuro esse tipo de conhecimento pode ser utilizado para diferenciar uma pessoa mais saudável de outra para uma vaga de emprego, por exemplo.



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